A primeira vez que expus meu corpo nú para estranho fiquei imensamente constragida, mas somente nos primeiros minutos. quando percebi que os observadores-artistas estavam mais interessados nas sombras, luzes, linhas, curvas, volumes e que tudo era muito técnico, profissional, fiquei à vontade. Minha primeira pose foi um tanto desastrosa, pois estava muito tensa quando montei e tive que continuá-la por 2 sessões de 3,5 horas.
A segunda já foi mais expressiva, relaxada, natural. tomei gosto pela coisa, pois comecei a ver os resultados.
Aprendi, ao longo desses mais de 3 anos de trabalho, que não é simplesmente mostrar o corpo, mas 'mostrar UM corpo' com todas as nuances de expressão que sejam possíveis de sustentar pelo tempo necessários à produção dos artistas.
Muito importante ter sensibilidade para sacar a necessidade da turma, conforme a proposta do professor ou dos artistas, já que, em meu caso, geralmente, sou 'usada' em exercícios.
Outra questão fundamental é ter consciência do próprio corpo e da capacidade que ele tem de permanecer estático pelo tempo necessário (saudade da yoga!).
Quero fazer aqui não só um portifólio profissional, mas uma defesa da profissão de Modelo Vivo, pois é muito comum o preconceito. As pessoas ainda têm muita malícia com relação ao nú e pretendo ajudar aos leitores desta página a desfazerem esse engano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário